domingo, 29 de julho de 2012

Uma Aventura...


Todos nós desde pequenos temos uma certa reacção ao ouvir a palavra CASAMENTO. Eu tive sempre uma diversidade de sentimentos e opiniões, em que apenas uma coisa era certa e coerente em todos eles - ia poder comer imenso.
Numa primeira fase na infância, ouvir que íamos todos a um casamento significava rever primos e amigos das amigas das mães que só vemos esporadicamente em "modo férias" ou em escassas passagens pelo shopping. Não havia qualquer tipo de stress de última hora, porque era sempre um motivo para estrear o vestido da madrinha ou sapatos de verniz daquela sapataria de sempre. Poderíamos correr à vontade no salão de baile, que naquele dia ninguém se ia opor...era no fundo, um favor que fazíamos em afastármo-nos da mesa, enquanto surgiam histórias do leilão da liga da noiva ou como tinha corrido a despedida de solteiro de um deles.
Numa outra fase, mais tarde mas ainda jovens, ir a um casamento era a oportunidade perfeita para nos empinocarmos e podermos ir apanhar o ramo da noiva. Não antes de repararmos nas caras larocas que só se vêem nestas ocasiões e que achamos que de repente "estão tão crescidos". O vestido quase sempre é novo e começam a aparecer os primeiros dilemas de como levar o cabelo. E mais uma vez, todos concluem que até nisto os homens se safam e não têm trabalhinho nenhum.
Por fim e nesta fase adulta, ir a um casamento já requer um esquema de investigação elaborado para tentar descobrir qual a amiga que tem um vestido para emprestar ou simplesmente sapatos ou acessórios que combinem com o vestido que usamos há 5 anos num baptizado. Se o vestido já não serve, isso vai directamente para a lista de pragas rogadas antes da data do casório. Ficamos irritadas, fazemos comentários do género "Mas porque é que continuam a casar? Só dá trabalho!" ou "Eu juro que não levava a mal se não me convidassem, dava cá um jeito!", ignorando que no fim pode ser um dia bem passado.
Pelo menos para alguns...a velha saga de passarmos na casa do noivo ou da noiva, confesso que me mata. Queremos felicitar o noivo e dar um beijinho de parabéns mas...Sair do carro a arranjar o cabelo, a equilibrar nos saltos altos, a gritar para o nosso par "Vai devagar, espera por mim!" e chegar a casa do artista principal 2 horas antes do casamento, a ouvir o fotógrafo ao fundo a encaminhar todos para a foto na salinha dos pais e junto ao cortinado, mexe-me com os nervos. Principalmente, quando os vizinhos decidem aparecer e se juntam todos no mesmo espaço intransitável dos comes e bebes. Dava jeito que se lembrassem que é um T3 e que existe ar noutras divisões. Salvam-se os "momentos do croquete" onde podemos comer alguma coisa para ajudar a passar a fome e o tempo.
Não falando das quintas lindas e maravilhosas,com caminhos rústicos e com relva verdinha e espectacular para enterrar a agulha do salto alto. Adoro.
No final de contas, a festa que antecede o verdadeiro significado do casamento, é unicamente uma verdadeira AVENTURA. E depois, analisando bem, não será sempre?

(um beijinho especial à Andreia e ao Pedro, que tiveram um dia lindo e nos proporcionaram uma festa fantástica! O que interessa é que sejam e estejam felizes)

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